O sorteio da Libertadores de 2013, realizado nesta sexta-feira em
Assunção (Paraguai), livrou os brasileiros de grupos da morte, mas não
da altitude ou da possibilidade de confrontos nacionais. Grêmio e São
Paulo, primeiros representantes do país a estrearem, terão dificuldades
na fase prévia. O primeiro encara a LDU e os 2.850m de Quito (Equador). O
segundo pega o Bolívar e os 3.660m de La Paz. Se avançarem, terão
brasileiros como adversários: os são-paulinos entrariam no Grupo 3, que
já tem o Atlético-MG, e os gremistas se juntariam ao Fluminense no Grupo
8.
A Conmebol ainda não marcou as datas dos jogos, mas a Pré-Libertadores
será disputada entre as semanas do dia 23 e 30 de janeiro. A fase de
grupos, entre as semanas do dia 6 de fevereiro e 17 de abril. Já nas
fases de mata-mata, as oitavas de final será realizada entre as semanas
de 24 de abril a primeiro de maio; as quartas entre as semanas de 15 a
22 de maio; as semifinais entre as semanas de 3 a 10 de julho; e a final
nos dias 17 e 24 de julho.
Atual campeão, o Corinthians escapou dos argentinos, mas não deve ter
vida fácil no Grupo 5. O colombiano Millonarios, que eliminou Palmeiras e
Grêmio na última Copa Sul-Americana, teoricamente está entre os
adversários mais competitivos. E as demais equipes da chave, apesar de
serem inferiores tecnicamente, oferecem outros incômodos: a longa e
desgastante viagem para enfrentar o Tijuana, campeão mexicano, e a
altitude de 3.706m de Oruro, na Bolívia, para o duelo contra o San José.
O Atlético-MG é outro que não deu muita sorte no sorteio. Além do risco
de encarar o São Paulo, pegou no Grupo 3 um argentino, o Arsenal de
Sarandí, e o The Strongest, situado em La Paz.
O Palmeiras, no Grupo 2, terá como maior adversário o Libertad, atual
campeão paraguaio. O Sporting Cristal, apesar do título no Peru, não
deve ser um grande problema. O outro adversário sai do confronto entre o
argentino Tigre, vice-campeão da Sul-Americana, e o venezuelano
Deportivo Anzoátegui.
Para o campeão brasileiro Fluminense, cabeça de chave no Grupo 8, a
maior dificuldade virá da fase prévia, em que se enfrentam Grêmio e LDU,
carrasco em 2008 na final da Libertadores e em 2009 na final da Copa
Sul-Americana. Os outros dois adversários do Tricolor são o Huachipato,
campeão chileno, e o Caracas, da Venezuela.
Regulamento livra Flu de pegar argentino, e Boca cai no grupo da morte
Mario Gobbi recebe réplica da Taça Libertadores e
abraça o presidente da Conmebol (Foto: Reuters)
Os cariocas escaparam de pegar um adversário argentino graças ao
regulamento, que não permite que dois times do mesmo país se enfrentem
em um grupo, a não ser que um deles venha da fase prévia. O Caracas foi
sorteado para o Grupo 7, que já tinha o venezuelano Deportivo Lara como
cabeça de chave. Com isso, o Caracas foi remanejado para o Grupo 8,
deixando a única outra opção do pote 3, o Newell's Old Boys, para o
Grupo 7.
Se há um grupo da morte, é o do Boca Juniors. Os atuais vice-campeões
da Libertadores enfrentam o Barcelona de Guayaquil, campeão equatoriano e
considerado o time mais forte do país; o Nacional, adversário
tradicional do Uruguai e detentor de três títulos na competição; e o
Toluca, representante mais experiente entre os três mexicanos nesta
Libertadores.
A cerimônia começou com um solo de guitarra do músico brasileiro Rafael
Moreira, seguido do discurso do presidente da Conmebol, Nicolás Leoz.
Após uma longa sessão de homenagens para personalidades do futebol
sul-americano - como o técnico argentino José Perkeman, o goleiro
colombiano Mondragón e o ex-meia boliviano Melgar -, Leoz entregou uma
réplica da taça Libertadores ao presidente do Corinthians, Mário Gobbi.
Ele subiu ao palco ao lado de José Maria Marin, presidente da CBF, e
Marcos Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista.