Foto: Reprodução/Terra
O ator Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato da
atriz Daniella Perez ocorrido em 1992, disse, em entrevista veiculada
neste domingo no programa Domingo Espetacular, da Rede Record,
que pensou em cometer suicídio dentro da prisão. "Dentro da cela eu
decidi que não tinha jeito pra mim. Pensava: 'Eu não vou dar conta, todo
mundo vai me acusar para o resto da vida. Se eu não morrer na cela, lá
fora não tenho mais como ter nada'. Eu tinha feito um plano pra me
matar. Tinham me deixado com a calça jeans, camisa e chinelo e eu ia
pegar uma perna da calça, amarrar no pescoço e fazer uma espécie de laço
com a outra. Tinha uma torneira na cela que eu ia me pendurar, pegar a
alça da calça e pular de lá", disse Guilherme. Segundo o ator, o plano
de se matar foi abandonado após ele receber uma carta que o aconselhava a
não desistir.
Guilherme também afirmou que participou do crime. No entanto, segundo
ele, os golpes de tesoura que ocasionaram a morte de Daniella foram
dados por Paula Thomaz, sua mulher na época. "Durante muito tempo tive
dúvidas se teria sido eu, porque na dinâmica que aconteceu, nós pensamos
que ela tinha morrido antes dos golpes (durante uma briga). E se ela
morreu antes, fui eu", disse. Segundo o ator, Paula golpeou a atriz, já
desacordada, com uma tesoura para criar um falso álibi. "Eu perguntei
por que ela tinha feito, e ela disse: 'Isso é para eles pensarem que foi
algum fã maluco, porque fãs malucos fazem isso'", contou. Ambos foram
condenados a 18 anos de reclusão pelo assassinato. A pena já foi
cumprida. Guilherme afirmou que tenta levar uma vida normal desde que
saiu da cadeia. Ele se tornou evangélico, casou-se novamente e vive em
Minas Gerais. "Eu cumpri tudo o que a lei exige, estou há 14 anos
levando uma vida e me esforçando", disse. Paula Thomaz também se casou
de novo e mora no Rio de Janeiro. Procurada, ela não quis dar
entrevistas.
FONTE: PORTAL TERRA
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