27.jan.2013-
Um incêndio de grande proporção atingiu na madrugada deste domingo a
boate Kiss, no centro de Santa Maria (RS). Segundo a polícia, centenas
de pessoas morreram e mais de 200 pessoas ficaram feridas. O fogo
começou por volta das 2h deste domingo e teria começado com um
sinalizador utilizado no show de uma banda.
A Justiça de Santa Maria (301 km de Porto Alegre) decidiu nesta
sexta-feira (1º) prorrogar por mais 30 dias a prisão dos músicos e dos
sócios da boate Kiss, onde aconteceu o incêndio que matou 236 pessos em
Santa Maria (RS), segundo decisão do juiz Régis Adil Bertolini.
Acabava hoje o prazo das prisões temporárias de Elissandro Callegari
Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, sócios na boate, e de dois integrantes
da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano
Augusto Bonilha Leão, que se apresentava no local no dia da tragédia e
pode ter iniciado o incêndio com o uso de um sinalizador.
O pedido de prorrogação das prisões foi feito ontem pela Polícia Civil e
recebeu parecer favorável do Ministério Público. Para a polícia, a
medida se justifica, entre outros argumentos, porque ainda não foram
tomados todos os depoimentos e porque haveria risco de fuga dos presos.
Para os promotores criminais Waleska Agostini e Joel Dutra, a prisão
temporária deve ser prorrogada não por cinco dias, conforme o padrão
estipulado em lei, mas por 30, tendo em vista, segundo o MP, que há
evidências de crime de homicídio qualificado, doloso, "tendo os
representados assumido o risco de produzir como resultado a morte de
mais de 200 pessoas, por meio de asfixia", diz trecho da manifestação do
MP.
"Estamos diante, portanto, por ora, de crime de homicídio qualificado, o
qual é considerado crime hediondo", definem os promotores.
Segundo a assessoria da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, os
delegados do caso trabalham na tomada de depoimentos --até ontem, haviam
sido mais de 60 --e devem se manifestar em entrevista coletiva às 17h.
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