Destaque do carro alegórico da Unidos de Vila Isabel durante desfile na Marquês de Sapucaí - Antonio Lacerda/EFE
A Unidos de Vila Isabel foi a grande vencedora do carnaval do Rio de
Janeiro. A apuração na tarde desta quarta-feira terminou com a
azul-e-branca três décimos à frente da Beija-Flor, segunda colocada. Os
299,7 pontos garantiram o terceiro campeonato à escola, que venceu
também em 1988 e 2006. A vitória consagra a carnavalesca Rosa Magalhães,
que chega ao seu oitavo campeonato, com passagem por outras escolas.
As campeãs do Rio
1º Vila Isabel - 299,7 pontos
2º Beija-Flor - 299,4 pontos
3º Unidos da Tijuca - 299,2 pontos
4º Imperatriz - 298,3 pontos
5º Salgueiro - 297,9 pontos
6º Grande Rio - 297,2 pontos
7º Portela - 296,6 pontos
8º Mangueira - 296,5 pontos
9º União da Ilha - 294,9 pontos
10º São Clemente - 293,5 pontos
11º Mocidade - 293,5 pontos
12º Inocentes de Belford Roxo (REBAIXADA) - 291,1 pontos
Apesar das críticas que recebem as escolas que adotam patrocínios para
alavancar seus desfiles, Rosa soube falar de agricultura – um tema não
muito carnavalesco – de forma divertida, ajudada por um samba-enredo que
foi considerado o mais bonito da safra. A escola recebeu patrocínio de
3,5 milhões de reais e conseguiu passar pela avenida sem falhas
perceptíveis para o público. O samba composto por André Diniz, Martinho
da Vila, Arlindo Cruz, Tunico e Leonel, a obra fez a diferença, e
garantiu três notas 10 à escola.
A Vila Isabel se manteve à frente em praticamente toda a apuração e foi
a única a conseguir quatro 10 em Harmonia. No total, a Vila perdeu três
décimos da pontuação total: foram dois em Bateria e um em Comissão de
Frente.
Responsável por um dos desfiles considerados mais empolgantes, a Estação Primeira de Mangueira foi a única punida por falhas graves durante a apresentação. Por ter excedido em seis minutos o tempo máximo de desfile – a escola deve ter cruzado a marca de fim da pista com até 82 minutos – a verde-e-rosa perdeu seis décimos. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) negou um pedido de recurso feito pela Inocentes de Belford Roxo, que queria punição para a São Clemente. Com enredo sobre novelas, a São Clemente levou para a avenida telões com cenas de novelas da Rede Globo, com o logo da emissora exibido em alguns momentos. O motivo da impugnação proposta pela Belford Roxo era o de “merchandising”, algo proibido nos desfiles. A liga entendeu que não houve infração e alegou que havia sido feita uma consulta prévia sobre a possibilidade de exibição das imagens.
O oitavo lugar reservado à Mangueira foi a grande surpresa da apuração.
A verde-e-rosa fez história com algo inimaginável, inédito em toda a
história do carnaval: levou para a avenida duas baterias,
que se alternavam em alguns momentos, para delírio do público. A escola
poderia alegar que o estouro do tempo foi o vilão do desfile, mas mesmo
com os seis décimos perdidos na punição ela não entraria no Desfile das
Campeãs. Se conseguisse cumprir o tempo máximo de 82 minutos para o
desfile, a Mangueira terminaria a apuração com 297,1, em sétimo lugar,
mas passaria apenas a Portela – a 6ª colocada, Grande Rio, obteve 297,2.
Estreante no Grupo Especial, a Inocentes de Belford Roxo ficou em
último lugar, com 291,1, e em 2014 volta a desfilar na Série A.
Conheça a letra do samba-enredo da Vila Isabel:
A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo – ‘Água no feijão que chegou mais um
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem plantar
felicidade no amanhecer"
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem colher
felicidade no amanhecer"
O galo cantou
com os passarinhos no esplendor da manhã
agradeço a Deus por ver o dia raiar
o sino da igrejinha vem anunciar
preparo o café, pego a viola, parceira de fé
caminho da roça, e semear o grão...
saciar a fome com a plantação
é a lida...
arar e cultivar o solo
ver brotar o velho sonho
alimentar o mundo, bem viver
a emoção vai florescer
Ô muié, o cumpadi chegou
puxa o banco, vem prosear
bota água no feijão já tem lenha no fogão
faz um bolo de fubá
Pinga o suor na enxada
a terra é abençoada
preciso investir, conhecer
progredir, partilhar, proteger...
cai a tarde, acendo a luz do lampião
a lua se ajeita, enfeita a procissão
de noite, vai ter cantoria
e está chegando o povo do samba
é a Vila, chão da poesia, celeiro de bamba
Vila, chão da poesia, celeiro de bamba
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem plantar
felicidade no amanhecer
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem colher
felicidade no amanhecer
Fonte: Veja
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem plantar
felicidade no amanhecer"
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem colher
felicidade no amanhecer"
O galo cantou
com os passarinhos no esplendor da manhã
agradeço a Deus por ver o dia raiar
o sino da igrejinha vem anunciar
preparo o café, pego a viola, parceira de fé
caminho da roça, e semear o grão...
saciar a fome com a plantação
é a lida...
arar e cultivar o solo
ver brotar o velho sonho
alimentar o mundo, bem viver
a emoção vai florescer
Ô muié, o cumpadi chegou
puxa o banco, vem prosear
bota água no feijão já tem lenha no fogão
faz um bolo de fubá
Pinga o suor na enxada
a terra é abençoada
preciso investir, conhecer
progredir, partilhar, proteger...
cai a tarde, acendo a luz do lampião
a lua se ajeita, enfeita a procissão
de noite, vai ter cantoria
e está chegando o povo do samba
é a Vila, chão da poesia, celeiro de bamba
Vila, chão da poesia, celeiro de bamba
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem plantar
felicidade no amanhecer
Festa no arraiá,
é pra lá de bom
ao som do fole, eu e você
a Vila vem colher
felicidade no amanhecer
Fonte: Veja
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