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sábado, 11 de maio de 2013

Mulher é encontrada viva 17 dias após desabamento em Bangladesh

 
Reshma foi encontrada no que seria a sala de orações do prédio
Foto: STRDEL / AFP

Quando parecia não haver mais esperança, uma mulher foi encontrada viva 17 dias após o desabamento de um edifício em Bangladesh, que deixou mais de mil mortos. Ela foi resgatada nesta sexta-feira e levada às pressas ao hospital, sob os aplausos da multidão. Identificada como Reshma, a sobrevivente foi encontrada entre uma viga e uma coluna em uma sala de oração muçulmana, segundo agência Associated Press (AP). Em entrevista à TV local Somoy, ela disse que tentava avisar as equipes que estava viva, mas ninguém a escutava.
- Eu escutava vozes das equipes de resgate nos últimos dias. Continuei batendo nos destroços com barras de ferro e pedaços de madeira para tentar atrair a atenção - disse ela, rodeada por uma equipe de médicos. - Ninguém me escutava. Foi muito ruim. Nunca pensei que iria ver a luz do sol novamente.
Reshma acrescentou que teve acesso a garrafas de água e comida desidratada quando estava presa nos escombros, o que salvou sua vida. A jovem contou que havia mais três pessoas com ela, mas que nenhum teria sobrevivido.
- Nos últimos dois dias, não tive nada a não ser água. Eu tomava uma quantidade limitada de água por dia para economizar. Havia algumas garrafas de água ao meu redor - contou.
Quando ouviram os gritos de socorro, as equipes de resgate ordenaram que os trabalhadores parassem de operar guindastes e escavadeiras. Eles usaram serras manuais para retirar Reshma dos escombros. Abdur Razzak, do departamento de engenharia das Forças Armadas, disse que, milagrosamente, a mulher estava bem, não tinha ferimentos graves e conseguia andar.
Trabalhadores contaram que estavam se preparando para quebrar uma grande laje de concreto quando a mulher foi descoberta:
- Quando estávamos limpando os escombros, gritamos para checar se alguém estava vivo. Então, ouvimos a mulher dizer. “Por favor, salve-me” - disse um funcionário não identificado a uma TV local.
Equipamentos de detecção de vídeo e áudio foram usados para localizar sua posição exata. Socorristas viram uma mulher acenando com a mão. Ela gritou “eu ainda estou aqui” e disse que seu nome era Reshma.
Enquanto era resgatada, a mulher recebeu água e biscoitos. O chefe dos bombeiros, Ahmed Ali, afirmou que, durante esses 17 dias, Reshma pode ter bebido a água que escoava para dentro do edifício que era jogada pela própria equipe de resgate. O último sobrevivente havia sido encontrado em 28 de abril, quatro dias depois da tragédia. Ele, no entanto, acabou morrendo durante o resgate devido a um incêndio.
Mais de duas semanas após o acidente, os corpos ainda estão sendo retirados dos escombros do complexo Plaza Rana. Nesta sexta-feira um porta-voz da sala de controle de coordenação da operação informou que o número de pessoas mortas subiu para 1.038.
Cerca de 2.500 pessoas foram resgatadas do prédio, no subúrbio industrial de Savar, a cerca de 30 quilômetros a nordeste de Daca, incluindo muitos feridos, mas não há um número oficial estimado dos desaparecidos no desastre.
A queda do prédio foi o pior acidente industrial do mundo desde o desastre de Bhopal, na Índia, em 1984, e mais corpos podem estar entre os escombros.

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