Por Paulo de Sousa, do DN Online
Roberto Barreiro Conrado Xavier (Beto Seboso) é apontado como líder da quadrilha |
A
quadrilha responsável por inúmeras clonagens de cartões bancários
detida na manhã desta quinta-feira (6) pela Polícia Civil do Rio Grande
do Norte pode ter causado prejuízos em torno de R$ 3 milhões aos bancos.
É o que estima o delegado Júlio Costa, responsável pela investigação
que culminou com a prisão de 20 pessoas na chamada Operação Clone
envolvidas com as falsificações e golpes aplicadas pelo bando.
Entre os detidos, há funcionárias do Hiper Bompreço, e um bancário do Santander. Um vereador eleito na cidade de Rio do Fogo também está envolvido, mas ainda não foi localizado. Há ainda um policial civil potiguar, acusado de ter recebido propina para não investigar a quadrilha, que deve se apresentar à Polícia nesta tarde.
Mais de 100 mil cartões clonados foram apreendidos em uma residência em São Paulo (SP) durante a operação. Os objetos, assim como máquinas para clonagem e computadores, estavam com o fornecedor dos materiais para esse tipo de delito, Samir Gomes Elias, 41 anos, e o responsável pelo programa de computador que copiava os dados, Paulo Henrique Amaral, 22.
Entre os detidos, há funcionárias do Hiper Bompreço, e um bancário do Santander. Um vereador eleito na cidade de Rio do Fogo também está envolvido, mas ainda não foi localizado. Há ainda um policial civil potiguar, acusado de ter recebido propina para não investigar a quadrilha, que deve se apresentar à Polícia nesta tarde.
Mais de 100 mil cartões clonados foram apreendidos em uma residência em São Paulo (SP) durante a operação. Os objetos, assim como máquinas para clonagem e computadores, estavam com o fornecedor dos materiais para esse tipo de delito, Samir Gomes Elias, 41 anos, e o responsável pelo programa de computador que copiava os dados, Paulo Henrique Amaral, 22.
Júlio
Costa explica que a quadrilha conseguia os dados de clientes a partir
da utilização das tarjas magnéticas dos cartões bancários. Com essas
informações, eles clonavam os cartões, inclusive com os adesivos
holográficos. Munidos dos cartões, os bandidos faziam compras
exorbitantes, principalmente de aparelhos eletro-eletrônicos, como
televisores, geladeiras e computadores.
Samir Gomes Elias e Paulo Henrique Amaral foram presos em São Paulo (SP) |
A
operação, sob a coordenação do delegado Ben-Hur Medeiros, cumpriu 32
mandados de busca e apreensão e 28 de prisão em São Paulo e nas cidades
potiguares de Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e Santa Cruz. Até
então, 20 pessoas foram detidas e um vasto material, entre aparelhos de
clonagem, cartões e produtos adquiridos com os golpes.
Os
acusados foram identificados como sendo: Roberto Barreiro Conrrado
Xavier, 31 anos, o "Beto Seboso" (líder da quadrilha); Samir Gomes
Elias, 41 (fornecedor do material para clonagem); Paulo Henrique Amaral,
22 (programador que desenvolveu vírus de computador para adquirir
dados); Fabiane Lima dos Santos, 27, Cinthya Batista da Silva, 22, e
Jéssica Rodrigues Ribeiro, 20 (funcionárias do Hiper Bompreço); Carlos
Augusto Gonçalves Miranda, 32 (bancário do Santander); Lander Charle
Valentim da Silva, 26; Dimanche Alexandre Barros Souza, 37; Dellio Souza
Ferreira, 30; Valdir José de Araújo Martins, 39, Justino Henrique Nunes
Melo, 29; Plínio Tavares de Miranda, 39; Ionara Araújo de Brito, 30;
Denilson Fonseca Costa, 29; Arikson Moisés de Sousa, o "Cegonha", 36;
Ana Paula Lima Guimarães Moreira, 23; Djailson Justino da Costa, 28; e
Emanoel Aldo Cordeiro, 29.
O bancário Carlos Augusto Gonçalves Miranda (canto superior esquerdo) e mais presos na Op. Clone |
Ainda de acordo com Júlio Costa, a
quadrilha continha quatro núcleos que agiam da mesma forma,
separadamente. "Mas quando um deles era preso, os demais se juntavam
para tirá-lo da prisão. Ou se um núcleo tinha a máquina quebrada, ou
faltava alguma coisa, podia pegar emprestado de outro", detalha o
delegado. Todos permanecem detidos em unidades do sistema prisional do
RN, aguardando decisão da Justiça.
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