Eles costumavam ser vistos como mimados, cheios de vontades e
egoísta. Ninguém queria ter só um filho e isso só ocorria quando o casal
tinha algum problema para engravidar novamente. Hoje o filho único se
tornou uma opção de um número cada vez maior de casais. Segundo dados do
último censo, só no Brasil são quase 10 milhões de família com esse
quadro. Com isso, a forma de educá-los também foi mudando, pois os pais
foram percebendo o quanto é importante saber dosar o grau de mimo e de
exigência, e saber negociar os limites, responsabilidades e afeto.
Para
a psicóloga Marília Antunes Dantas, coordenadora do curso de
pós-graduação em Psicossociologia da Saúde Mental, da FMP/Fase, a
preparação emocional dos pais é fundamental, pois o filho único costuma
ser alvo exclusivo de todos os focos. “Os pais não devem ser
exageradamente protetores, distantes ou castradores. Sobretudo a figura
materna deve estar consciente de sua função primordial no
desenvolvimento da criança e a figura paterna deve estabelecer os
limites fundamentais à constituição da subjetividade humana”, afirma.
Ter
um irmão para aprender a dividir as coisas, a atenção, e até mesmo para
brigar, seria importante para a criança, mas, de acordo com a
psicóloga, esse sentido de fraternidade pode ser desenvolvido com
amigos, primos e outras pessoas. “O mais importante é a criança conviva
com outras crianças e que a família a apóie neste aprendizado”, diz.
Se
a criança começa a pedir um irmãozinho, ela acredita que o melhor que
os pais têm a fazer é serem sinceros. “Devem ser honestos e carinhosos
com o filho, para que este possa compreender que um projeto de um
irmãozinho é, na verdade, um projeto maior de ampliação da família”.
FONTE: http://itodas.uol.com.br
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