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O presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM),
Eduardo Tadeu, disse ontem (22) que os prefeitos têm enfrentado
dificuldades para contratar médicos. O relato foi feito ao ministro da
Saúde, Alexandre Padilha. Durante a reunião, a associação e outras
entidades representativas entregaram carta endereçada a presidenta Dilma
Rousseff em que pedem a adoção de medidas por parte do governo federal
para resolver o problema.
Segundo Tadeu, as prefeituras tentam de várias formas contratar
médicos, mas não conseguem preencher as vagas. “Eu fui prefeito por oito
anos e nunca consegui completar o número de médicos necessário nas
unidades básicas de saúde. Tem um número pequeno de profissionais e os
municípios ficam quase fazendo um leilão por esses profissionais”,
contou.
Para resolver o problema, o presidente defende ampliação das vagas
nas faculdades de medicina e mais facilidades para a contratação dos
profissionais formados no exterior. “Esses médicos [graduados fora do
país] poderiam prestar serviços nos municípios mais necessitados,
principalmente na atenção básica. O governo poderia flexibilizar o exame
exigido para esses profissionais, até mesmo reconhecendo algumas
faculdades estrangeiras”, sugere.
Atualmente, a taxa é 1,9 médico por mil habitantes no Brasil. Para o
Ministério da Saúde, o ideal seria elevar para 2,7 médicos por mil
habitantes, o mesmo índice do Reino Unido. No ano passado, o ministério
anunciou a criação de cursos de medicina e expansão das vagas nas
faculdades já existentes, com o objetivo de ampliar o número de
profissionais no país.
A ABM e as outras entidades agendaram uma nova reunião sobre o tema para segunda-feira (28) com o ministro da Saúde.
Fonte: Agência Brasil
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