Por Marcelo Gomes | Estadão
O juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 36ª Vara Criminal do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), condenou na quarta-feira Antonio
Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, a 12 anos de prisão em regime
fechado e mil dias-multa por tráfico de drogas. Já Anderson Rosa
Mendonça, o Coelho, chefe do tráfico do Morro do São Carlos, no Estácio,
zona norte do Rio, foi absolvido por falta de provas. Os dois pertencem
à facção Amigos dos Amigos (ADA), segundo o Ministério Público do Rio
(MP-RJ).
Nesse processo, a dupla respondia pela "prática reiterada de
aquisição, do transporte e fornecimento de insumos ou produtos químicos
destinados a preparação de substância entorpecente (cloridrato de
cocaína)". O processo teve início após a Polícia Civil do Rio descobrir,
em 30 de agosto de 2007, um laboratório de refino de cocaína na Favela
da Rocinha, na zona sul do Rio, então dominada por Nem. Foram
apreendidos produtos químicos e insumos para a produção de cocaína, bem
como outros materiais para a produção da droga (bacia, holofote,
liquidificadores, lâmpadas especiais etc).
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