Para a maioria, a renúncia do papa
Bento 16
foi recebida com surpresa, mas pelo menos um grupo teve motivos para
comemorá-la: os vendedores de suvenires e os guias turísticos que
trabalham no entorno do Vaticano.
"A renúncia serviu para antecipar o início da alta
estação do turismo no Vaticano, que normalmente começa só em abril",
disse à BBC Brasil
S. M. Haiderali, 39 anos, enquanto procurava, ao lado da praça de São Pedro, interessados em visitas guiadas ao local.
Os comerciantes locais contam que as lembranças relativas
ao papa João Paulo 2º ainda são bem mais populares que as de Bento 16
entre os turistas, mas que a diferença diminuiu com a renúncia. "Antes
todo mundo só queria saber de João Paulo 2º, mas desde a renúncia muito
mais gente passou a vir atrás de lembranças de Ratzinger ( sobrenome de batismo de Bento 16
)", comenta o brasileiro Éverton Nascimento de Jesus, 30 anos, vendedor
de uma loja de suvenires da via della Conciliazione, a avenida
localizada em frente à praça de São Pedro.
"( Os turistas
) começaram a amá-lo de repente, foi surpreendente", disse Éverton, há
cinco anos em Roma. Para ele, a renúncia do papa foi uma "boa notícia"
para o comércio da região, principalmente pela expectativa da eleição do
novo sumo pontífice. "Acho que eles ( os papas
) poderiam renunciar uma vez por ano", comenta, em tom de brincadeira.
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