Aline Reskalla - Estadão
O advogado do goleiro Bruno, Lúcio Adolfo da Silva,
disse que seu cliente está perto de conseguir a prisão domiciliar para
voltar a jogar bola, o que deve ocorrer, segundo ele, “em julho”
próximo. Adolfo esteve no Fórum de Contagem, onde o ex-policial Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, está sendo julgado desde segunda-feira
acusado de matar e desaparecer com o corpo de Eliza Samudio.
Adolfo justifica seu otimismo com o fato de que a sentença de Bruno,
condenado em março a 22,3 anos de prisão por mandar matar Eliza, já ter
chegado à Vara de Execuções Provisórias de Contagem, o que retira a
juíza Marixa Rodrigues de qualquer deliberação sobre o caso. “A guia de
execução provisória do Bruno foi expedida e foi encaminhada para a Vara
de Execuções Provisórias daqui de Contagem, e se sujeita agora ao juiz
Wagner Cavalieri”, disse o advogado de Bruno.
Para o advogado, a juíza tem demonstrado morosidade no envio do
processo para o Tribunal de Justiça e isso tem prejudicado Bruno. “Já
deveria ter sido encaminhado há mais de um mês. Essa demora, inclusive, é
possível que eu leve isso ao conhecimento do tribunal para um habeas
corpus em favor do Bruno”, afirmou Adolfo. Ele também protesta contra a
negativa da juíza em analisar as razões de sua apelação contra a emissão
do atestado de óbito de Eliza.
Além das apelações, Adolfo vai a Brasília defender o habeas corpus
pedido ao Supremo Tribunal Federal para prisão domiciliar a Bruno. “Ele
tem que pagar pensão do Bruninho e de outras duas filhas. Então eu
acredito que o tribunal, diante da realidade do Bruno, que é de extrema
visibilidade, não vai fugir. Acredito que até o fim de julho ele poderá
voltar a jogar a bola.” Segundo ele, o Boa Esporte Clube, de Varginha,
no Sul de Minas, mantém o interesse em contratar Bruno.
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